segunda-feira, 13 de abril de 2009

XIX. O SOL


XIX. O SOL

Em linguagem heráldica esta carta representa “o Sol com a divisa de uma rosa sobre um monte verde.” **

** Cf. o brasão da família do autor deste livro.

Esta é uma das cartas mais simples. Representa Heru-ra-ha, o Senhor do Novo Aeon em sua manifestação à raça dos homens como o Sol espiritual, moral e físico. Ele é o Senhor da Luz, Vida, Liberdade e Amor. Este Aeon tem como sua finalidade a completa emancipação da espécie humana.

A rosa representa o florescimento da influência solar. Ao redor da totalidade da figura vemos os signos do zodíaco em suas posições normais, Áries surgindo no oriente e assim por diante. Liberdade traz sanidade. O zodíaco é um tipo de representação infantil do corpo de Nuit, uma diferenciação e classificação, um cinturão selecionado, um cinto de Nossa Senhora do espaço infinito. A conveniência da descrição escusa o engenho.

O monte verde representa a terra fértil, sua forma, por assim dizer, aspirando aos céus. Mas em torno do topo do monte há uma muralha, o que indica que a aspiração do novo Aeon não significa ausência de controle. Todavia, fora desta muralha estão as crianças gêmeas que (de uma forma ou outra) têm reaparecido tão freqüentemente em todo este simbolismo. Representam o macho e a fêmea, eternamente jovens, despudorados e inocentes. Dançam na luz e, contudo, habitam sobre a terra. Representam o próximo estágio a ser atingido pela espécie humana, em que a liberdade total é semelhante à causa e o resultado do novo acesso de energia solar sobre a terra. A restrição de idéias tais como pecado e morte em seu velho sentido foi abolida. Aos seus pés encontram-se os mais sagrados sinais do velho Aeon, a combinação da Rosa e a Cruz da qual eles surgem, formando ainda seu suporte.

A própria carta simboliza esta ampliação da idéia da Rosacruz. A cruz expandiu-se agora para o Sol, do qual, é claro, ela se originou. Seus raios são doze - não apenas o número dos signos do zodíaco, como também do mais sagrado título dos Antigos mais santos, os quais são Hua (a palavra HUA, “ele”, tem o valor numérico 12). A limitação da lei mundana, que está sempre associada ao número Quatro, desapareceu. Desaparecidos estão os quatro braços de uma cruz limitada pela lei; a energia criadora da cruz se expande livremente; seus raios perfuram em toda direção o corpo de Nossa Senhora das Estrelas.

Com referência à muralha, convém observar que circunda completamente o topo do monte, o que é para frisar que a fórmula da Rosacruz é ainda válida em matérias terrenas. Mas há agora, como não foi o caso anteriormente, uma aliança estreita e definida com o celeste.

É também sumamente importante observar que a fórmula da Rosacruz (indicada pelo monte cintado pela muralha) completou a mudança ígnea para “algo rico e estranho”, pois o monte é verde, quando se esperaria que fosse vermelho, e a muralha é vermelha onde se esperaria que fosse verde ou azul. A indicação deste simbolismo é que deve ser um dos grandes avanços no Ajustamento do novo Aeon para resolver de maneira simples e sem preconceito os formidáveis problemas que foram criados pelo crescimento da civilização.

O homem tem avançado até aqui a partir do sistema social, embora não fosse um sistema, do troglodita, a partir da concepção primitiva de propriedade do corpo carnal humano. O homem tem avançado até aqui a partir da classificação anatômica rudimentar da alma de qualquer dado ser humano; conseqüentemente aterrissou a si mesmo no mais horrível lodo de psicopatologia e psicanálise. Os preconceitos das pessoas que datam moralmente de cerca de 25 000 a. C. são enfadonhos e espinhosos. Largamente devido à sua própria intransigência, essas pessoas nasceram sob uma lei espiritual diferente; acham-se não apenas perseguidas por seus ancestrais, como também desnorteadas por sua própria incerteza de um ponto de apoio. Tem que constituir a tarefa dos pioneiros do novo Aeon acertar isso.

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