II. A ALTA SACERDOTISA
Esta carta se refere à letra Gimel, que significa camelo (o simbolismo do camelo é elucidado na seqüência).
A referência da carta é à Lua. A Lua (sendo o símbolo feminino geral, o símbolo da segunda ordem correspondendo ao Sol como o yoni corresponde ao lingam) é universal e vai do mais alto ao mais baixo. Trata-se de um símbolo que reaparecerá freqüentemente nestes hieróglifos. Mas nos primeiros trunfos a concorrência é com a natureza abaixo do Abismo; A Alta Sacerdotisa é a primeira carta que liga a Tríade Superior com a Héxade, e seu caminho, como é mostrado no diagrama, produz uma conexão direta entre o Pai em seu aspecto mais elevado e o Filho em sua manifestação mais perfeita. Este caminho está em equilíbrio exato no Pilar do Meio. Há aqui, portanto, a mais pura e mais exaltada concepção da Lua (no outro extremo da escala está o Atu XVIII, q. v.).
A carta representa a forma mais espiritual de Ísis, a virgem eterna, a Ártemis dos gregos. Ela está trajada tão-somente do véu brilhante de luz. É importante para a alta iniciação considerar a Luz não como a perfeita manifestação do Espírito Eterno, mas, preferivelmente, como o véu que oculta este Espírito. Ela assim o faz sumamente efetiva devido ao seu brilho incomparavelmente deslumbrante. * Assim ela é luz e o corpo de luz. Ela é a verdade atrás do véu de luz. Ela é a alma de luz. Sobre os joelhos dela está o arco de Ártemis, que é também um instrumento musical pois ela é caçadora e caça por encantamento.
Agora que se considere esta idéia como a partir de detrás do Véu de Luz, o terceiro Véu do nada original. Esta luz é o mênstruo da manifestação, a deusa Nuit, a possibilidade da Forma. Esta manifestação primeira e maximamente espiritual do feminino toma para si um correlativo masculino ao formular em si mesma qualquer ponto geométrico a partir do qual se contempla a possibilidade. Esta deusa virginal é então potencialmente a deusa da fertilidade. Ela é a idéia por trás de toda a forma; logo que a influência da tríade desce abaixo do Abismo ocorre a conclusão da idéia concreta.
* A tradição das melhores escolas do misticismo hindu possui um paralelismo preciso. O obstáculo final à Iluminação plena é exatamente esta Visão de Efulgência Amorfa.
Os capítulos seguintes, de The Book of Lies (falsely so-called), ** pode auxiliar o estudante a compreender essa doutrina por meio de meditação:
** O Livro das Mentiras (falsamente assim chamado) (NT).
DIABOS DE PÓ
No Vento da mente, nasce a turbulência chamada Eu.
Ele rompe; inunda os pensamentos estéreis.
Toda vida é sufocada.
Este deserto é o Abismo onde está o Universo. As Estrelas
são apenas cardos nesta aridez.
Contudo, este deserto é apenas um lugar amaldiçoado num
mundo de glória.
Agora e novamente, Viajantes cruzam o deserto; eles vêm do
Grande Mar, e para o Grande Mar eles vão.
Enquanto caminham, eles derramam água; um dia eles irrigarão o
deserto, até que floresça.
Vê! cinco pegadas de um Camelo! V.V.V.V.V.
No fundo da carta, há figuras nascentes, cristais, sementes, simbolizando o início da vida. No meio, está o Camelo que é mencionado no capítulo cotado acima. Nesta carta, está a ligação entre os mundos arquetípico e criativo.
Considerou-se este caminho, até aqui, pelo fato de ele descer direto da Coroa; mas para o Aspirante, ou melhor, para o Adepto que já está em Tipharet, tendo alcançado o Conhecimento e Conversação do Sagrado Anjo Guardião, este é o caminho que leva para cima; e esta carta, em um sistema chamada de “A Princesa da Estrela Prateada”, simboliza o pensamento (melhor: a radiância inteligível) do Anjo. Em resumo, este é um símbolo da mais alta iniciação. Mas é uma condição da iniciação que suas chaves sejam comunicadas, por aqueles que as possuem, para todos os verdadeiros aspirantes. Esta carta é, portanto, um glifo muito peculiar do trabalho da A\A\ Uma idéia dessa fórmula é dada neste outro capítulo do Livro das Mentiras:
A OSTRA
Os Irmãos da A\A\são um com a Mãe da Criança. (4)
Os Muitos são adoráveis ao Um, como o Um o é para os Muitos. Este é o
Amor Destes; criação-parto é a Glória do Um; coito-dissolução é a Glória
de Muitos. O Todo, assim combinado com Estes, é Glória.
Nada está além da Glória.
O Homem delicia-se ao unir-se com a Mulher; a Mulher em parir uma
Criança.
Os Irmãos da A\A\são Mulheres: os Aspirantes à A\A\são
Homens.
É importante refletir que esta carta é inteiramente feminina, inteiramente virginal pois representa a influência e o meio de manifestação (ou, de baixo, de obtenção) em si mesma. Representa possibilidade em seu segundo estágio sem qualquer começo de consumação.
Cumpre observar, em particular, que as três letras consecutivas, Gimel, Daleth e Hé (Atu II, III, XVII) exibem o símbolo feminino (Yin) sob três formas compondo a Deusa Tri-una. Esta trindade é imediatamente seguida pelos três Pais correspondentes e complementares, Vau, Tzaddi, Yod (Atu IV, V, IX). Os trunfos 0 e I são hermafroditas. Os catorze trunfos restantes representam estas Quintessências Primordiais do Ser em conjunção, função ou manifestação.
Esta carta se refere à letra Gimel, que significa camelo (o simbolismo do camelo é elucidado na seqüência).
A referência da carta é à Lua. A Lua (sendo o símbolo feminino geral, o símbolo da segunda ordem correspondendo ao Sol como o yoni corresponde ao lingam) é universal e vai do mais alto ao mais baixo. Trata-se de um símbolo que reaparecerá freqüentemente nestes hieróglifos. Mas nos primeiros trunfos a concorrência é com a natureza abaixo do Abismo; A Alta Sacerdotisa é a primeira carta que liga a Tríade Superior com a Héxade, e seu caminho, como é mostrado no diagrama, produz uma conexão direta entre o Pai em seu aspecto mais elevado e o Filho em sua manifestação mais perfeita. Este caminho está em equilíbrio exato no Pilar do Meio. Há aqui, portanto, a mais pura e mais exaltada concepção da Lua (no outro extremo da escala está o Atu XVIII, q. v.).
A carta representa a forma mais espiritual de Ísis, a virgem eterna, a Ártemis dos gregos. Ela está trajada tão-somente do véu brilhante de luz. É importante para a alta iniciação considerar a Luz não como a perfeita manifestação do Espírito Eterno, mas, preferivelmente, como o véu que oculta este Espírito. Ela assim o faz sumamente efetiva devido ao seu brilho incomparavelmente deslumbrante. * Assim ela é luz e o corpo de luz. Ela é a verdade atrás do véu de luz. Ela é a alma de luz. Sobre os joelhos dela está o arco de Ártemis, que é também um instrumento musical pois ela é caçadora e caça por encantamento.
Agora que se considere esta idéia como a partir de detrás do Véu de Luz, o terceiro Véu do nada original. Esta luz é o mênstruo da manifestação, a deusa Nuit, a possibilidade da Forma. Esta manifestação primeira e maximamente espiritual do feminino toma para si um correlativo masculino ao formular em si mesma qualquer ponto geométrico a partir do qual se contempla a possibilidade. Esta deusa virginal é então potencialmente a deusa da fertilidade. Ela é a idéia por trás de toda a forma; logo que a influência da tríade desce abaixo do Abismo ocorre a conclusão da idéia concreta.
* A tradição das melhores escolas do misticismo hindu possui um paralelismo preciso. O obstáculo final à Iluminação plena é exatamente esta Visão de Efulgência Amorfa.
Os capítulos seguintes, de The Book of Lies (falsely so-called), ** pode auxiliar o estudante a compreender essa doutrina por meio de meditação:
** O Livro das Mentiras (falsamente assim chamado) (NT).
DIABOS DE PÓ
No Vento da mente, nasce a turbulência chamada Eu.
Ele rompe; inunda os pensamentos estéreis.
Toda vida é sufocada.
Este deserto é o Abismo onde está o Universo. As Estrelas
são apenas cardos nesta aridez.
Contudo, este deserto é apenas um lugar amaldiçoado num
mundo de glória.
Agora e novamente, Viajantes cruzam o deserto; eles vêm do
Grande Mar, e para o Grande Mar eles vão.
Enquanto caminham, eles derramam água; um dia eles irrigarão o
deserto, até que floresça.
Vê! cinco pegadas de um Camelo! V.V.V.V.V.
No fundo da carta, há figuras nascentes, cristais, sementes, simbolizando o início da vida. No meio, está o Camelo que é mencionado no capítulo cotado acima. Nesta carta, está a ligação entre os mundos arquetípico e criativo.
Considerou-se este caminho, até aqui, pelo fato de ele descer direto da Coroa; mas para o Aspirante, ou melhor, para o Adepto que já está em Tipharet, tendo alcançado o Conhecimento e Conversação do Sagrado Anjo Guardião, este é o caminho que leva para cima; e esta carta, em um sistema chamada de “A Princesa da Estrela Prateada”, simboliza o pensamento (melhor: a radiância inteligível) do Anjo. Em resumo, este é um símbolo da mais alta iniciação. Mas é uma condição da iniciação que suas chaves sejam comunicadas, por aqueles que as possuem, para todos os verdadeiros aspirantes. Esta carta é, portanto, um glifo muito peculiar do trabalho da A\A\ Uma idéia dessa fórmula é dada neste outro capítulo do Livro das Mentiras:
A OSTRA
Os Irmãos da A\A\são um com a Mãe da Criança. (4)
Os Muitos são adoráveis ao Um, como o Um o é para os Muitos. Este é o
Amor Destes; criação-parto é a Glória do Um; coito-dissolução é a Glória
de Muitos. O Todo, assim combinado com Estes, é Glória.
Nada está além da Glória.
O Homem delicia-se ao unir-se com a Mulher; a Mulher em parir uma
Criança.
Os Irmãos da A\A\são Mulheres: os Aspirantes à A\A\são
Homens.
É importante refletir que esta carta é inteiramente feminina, inteiramente virginal pois representa a influência e o meio de manifestação (ou, de baixo, de obtenção) em si mesma. Representa possibilidade em seu segundo estágio sem qualquer começo de consumação.
Cumpre observar, em particular, que as três letras consecutivas, Gimel, Daleth e Hé (Atu II, III, XVII) exibem o símbolo feminino (Yin) sob três formas compondo a Deusa Tri-una. Esta trindade é imediatamente seguida pelos três Pais correspondentes e complementares, Vau, Tzaddi, Yod (Atu IV, V, IX). Os trunfos 0 e I são hermafroditas. Os catorze trunfos restantes representam estas Quintessências Primordiais do Ser em conjunção, função ou manifestação.
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