quinta-feira, 30 de abril de 2009

Chakras




Tudo o que você precisa saber sobre chakras


OS CHAKRAS
CONFORME DESCRITOS NOS UPANISHADS

Namastê, amigos:

Agora dando continuidade as estudos mais profundos do ser humano descreveremos esses chakras de uma forma mais complexa, vivenciada por alguns mestre como o hindu Purnananda, um guru de Bengala que em 1577 compilou o Shat-Chakra-Nirupana (Descrição dos Centros de energia), e ainda comparamos sua descrição com outros textos dos Upanishads. Mas nosso trabalho não parará por aqui, visto que nosso corpo possui uma infinidades de outros pequenos chakras e mistérios, portanto continuaremos nossas pesquisas em busca de um maior conhecimento da Vida.

Com muita propriedade, os Upanishads são considerados uma parte dos Vedas, a mais antiga literatura canônica do Hinduísmo, que tem sua origem no começo do primeiro milênio a. C.. Entretanto, os Upanishads nos quais estaremos pesquisando foram composto muito mais tarde. Dentro de nosso trabalho enfocaremos descrições encontradas em dois textos:
· Chudamini Upanishad
· Yoga-Shikka Upanishad
Para efeito de comparação, faremos referência também a passagens de textos apresentados no Saht-chackra-nirupana e no intuito de esclarecer a natureza dos nadis e dos outros aspectos sutis descritos nesses Upanishads.
O Yoga Chudamani Upanishad – Explica o significado de três corpos do homem. Registra que na criação primordial, foi criado um espaço vazio (ou éter) de Brahman, o Único, o mais sublime princípio do Universo. A partir disso, foram criados seqüencialmente o ar, o fogo, a água e a terra. Desses cinco "elementos " difundem-se todas as coisa e os elementos sustentam a sua forma manifesta.
As divindades que imperam nesses cinco reino são Shiva, Ishvara, Rudra, Vishnu, e Brahma, respectivamente. Brahma, o senhor da Terra, é tido como o criador dos deuses, dos anjos, dos humanos, dos planetas e assim por diante. Resumindo, o ser humano é um composto de cinco elementos divido em partes ou corpos. Há parte composta por elementos físicos "material palpável" (Sthulasharira); também existem partes formadas por elementos sutil (Sukshmasharira); e ainda partes formadas por todas as causas que fazem o ser humano um ser individual que é conhecida como corpo causal (Karanasharira). Dentro do causal, as três gunas existem numa condição harmoniosa de perfeito equilíbrio. Entretanto nas camadas inferiores, esse equilíbrio entre as gunas não existe, resultando numa interação (Jati) dinâmica entre eles. Os sete ou nove chakras são os centros do sistema de energia no corpo sutil, e os nadis são os canais que distribuem essa energia. Esses Upanishads insinuam que as pessoas que desejam obter libertação precisam aprender a localização dos Chakras através da experiência pessoal, indagando; "como pode aquele que não reconhece os chakras em seu próprio corpo alcançar a libertação?". No geral, os três Upanishads em questão parecem partilhar dessa mesma atitude, visto que as descrições da localização, da estrutura e das funções dos chakras são extremamente resumidas.

Yoga-shikka Upanishad apresenta as informações mais detalhadas a respeito dos chakras. Por exemplo:

O corpo humano é a morada do deus Shiva. Acredita-se que todo ser humano dotado de sua presença consegue realizar todos os seus anseios.



O chakra muladhara, localiza-se entre o ânus e os órgãos genitais, possui um formato triangular. (Capítulo 1, verso 168)
A área a que se refere o verso acima é o períneo. A Kundalini shakti, a principal força material do universo, muitas vezes representada pelo símbolo de um triângulo invertido, localiza-se exatamente nesse local. Na postura da meditação conhecida como Sidhasana, pressiona-se o calcanhar contra o períneo para ajudar a ativar esse poder.

O chakra Svadhistana, de formato hexagonal, localiza-se na base dos órgãos genitais. O círculo que se encontra ao redor do umbigo possui dez partes e é denominado Manipuraka (o chakra Manipura). (Capítulo 1, verso 172)
O grande círculo com doze partes radiadas, localizado no coração, é chamada Anahata (o chacra Anahata) (Capítulo 1, verso 173)

No interior da cavidade da garganta, existe um círculo de dezesseis partes radiais chamado Vishuddhi (pureza). O ponto chamado Jalandhara fica exatamente neste local. (Capítulo 1, verso 174)

Ajna (ordem), que se localiza entre as sobrancelhas e possui duas pétalas, é o mais eminente de todos os círculos. Neste ponto localiza-se, de cabeça para baixo, o ponto chamado Uddayana. (Capítulo 1, verso 175)

O Yoga Chudamani Upanishad também cita que o chakra Ajna se localiza entre as sobrancelhas, condizendo com muitas doutrinas posteriores. O Yoga Kundalini Upanishad, entretanto, afirma que Ajna localiza-se no alto da cabeça(entrecenho), ponto normalmente associado ao Sahasrara.
O texto mais detalhado, Yoga-shikka Upanishad, não menciona o Sahasrara , porém existe uma pequena referência a respeito no Yoga Chudamani Upanishad:
No alto da cabeça (portão de Brahman), ou no Mahabatin, existem mil pétalas. (V erso 6 )
Nos Upanisahds não se encontram mais detalhes, apenas uma descrição sistemática das verdadeiras sensações associadas ao despertar dos chakras. Contudo, o Yoga Chudamani Upanishad registra:
Aquele que descobrir um disco de luz, como uma pedra preciosa no umbigo, é um conhecedor de Yoga. Esse disco brilha com uma luz dourada, semelhante ao relâmpago. (Verso 9)
Tal descrição de um disco brilhante percebido no umbigo corresponde à verdadeira aparência da aura que surge ao se ativar o chakra Manipura. Isso tem sido observado através da percepção extrasensorial, por inúmeros iogues, tanto no Oriente como no Ocidente, e no decorrer das eras.
Existe também algumas descrições de sons psíquicos associados com os chacras Muladhara, Anahata e Vishuddhi da seguinte maneira:
Surge nela um som (Kundalini Shakti no chakra muladhara), como se um broto rebentasse de um minúscula semente. O yogue sabe que o chakra está testemunhando tudo. Desse modo surge o verdadeiro yogue. (Verso 3)
Sons graves (ghosa) e agudos (garja), como trovões num temporal manifestam-se no coração, onde reside a shakti. (Verso 4)
Então, através da respiração e daquilo que se conhece como escala musical, surge Vaikhari (o mais puro som universal), pelo ritmo dos lábios e da língua em sua dança entre os dentes e o céu da boca. (Verso 5)
Muitos eruditos e entendidos em Yoga consideram o Shat-chakra-nirupana (descrições dos seis centros) como um das melhores descrições a respeito dos chakras e nadis. Foi compilado em 1577 pelo hindu Purnananda, um guru de bengala. Seu nome de batismo era Jagadananda; assumiu o nome de Purnananda quando foi iniciado pelo seu guru Brahmananda. Mais tarde, ele foi para Kamarupa em Assam. Acredita-se que obteve seu siddhi num ashram, o Vashishthashrama, que existe até hoje. Viveu sempre como um homem santo e compilou diversos tratados sobre tantra. Na verdade, o Shat-chakra-nirupana é apenas uma seção (parte 6) de um trabalho bastante longo intitulado Shri-tattva-cintamini.


O chakra Adhara (Muladhara)

· Este lótus ligas-se à abertura de Sushumna, e localiza-se abaixo dos órgãos genitais e acima do ãnus. Possui quatro pétalas de cor vermelha. Sua cabeça inclina-se para baixo. Em suas pétalas existem quatro letras, de Va até Sa, na cor dourado brilhante.
· Neste lótus, a parte quadrada no Prithivi (o elemento terra) é circundada por oito hastes brilhantes; possui a cor amarela resplandecente e é bonita como a luz; assim também o é bija (a mística palavra "semente" do chakra, aqui, "Lam") do Prithivi interior.
· Este Bija está ornamentado com quatro braços e montado no rei dos elefantes, ele carrega em seu colo o menino criador, resplandece como sol da manhã e possui quatro braços e cabeças brilhantes.
· Aqui reside uma Devi (deusa), de nome Dakini; seus quatro braços brilham cheios de beleza e seus olhos são vermelhos, cintilantes. Ela reluz como brilho de muitos sóis que se erguem ao mesmo tempo. É a portadora da revelação de uma inteligência eternamente pura.
· Próximo à entrada do Nadi chamado Vajra, e no pericarpo, existem constantemente luzes de suave beleza e luminosidade, no formato triangular, que é Kamarupa, também conhecido como Traipura. Sempre e em todo lugar existe o Vayu (foça vital) denominado Kandarpa (o deus do amor); possui a cor vermelho escura e é o senhor dos seres, resplandecente como dez milhões de sóis.
· Dentro do triângulo esta Svayambhu ("o auto originado")em sua forma de Linga (Shiva Linga), bonito como ouro moldado, e com a cabeça para baixo. Ele é revelado através do conhecimento (Jnana) e da meditação (Dhyana) e possui o formato e a cor de uma folha nova. É tão belo como os primeiros raios de luz e com o encanto da lua cheia. O deva (deus) que vive aqui alegremente possui a forma de um redemoinho.
· A adormecida Kundalini brilha acima de Shiva Linga, fina como a fibra de um caule de lótus. Ela é Maya (a desorientada)neste mundo, cobrindo gentilmente a cavidade na cabeça de Shiva Linga. Como espiral de um concha, sua brilhante forma, semelhante a cobra, da três volta e meia em torno do Shiva Linga, e seu brilho se parece com um forte raio de luz. Seu doce murmúrio é como o vago zumbir de enxames de abelhas loucas de amor. Ela cria poesias melodiosas e composições em prosa e verso em sânscrito e em outras línguas. Ela sustenta todos os seres do mundo através da inspiração e da expiração, e reluz na cavidade da raiz do lótus como uma corrente de luzes brilhante.
· No interior do Shiva Linga domina Para, que desperta o conhecimento eterno. Ela é Kala onipontente (uma forma de nada (som) Shakti) surpreendentemente habilidosa na criação; é mais sutil do que ser mais sutil. Ela é o receptáculo da continua torrente de ambrosia que flui da glória eterna. Através de sua irradiação, todo Universo é iluminado.
· Meditando no para (ou Kundalini) que brilha dentro do chakra Mula com o brilho de dez milhões de sóis, o homem torna-se o senhor da palavra, Rei entre os homens e um adepto de todos os tipos de ciência. Torna-se livre, para sempre, de todas as moléstias, e seus espírito interior enche-se de júbilo. Com perfeita disposição, ele serve ao primeiro dos Devas através de suas palavras profunda e melodiosas. (Versos 4 a 13)



O Chakra Svadhishthana

· Existe outro lótus localizado dentro do Sushumna na base dos órgãos genitais, de cor escarlate. Em suas seis pétalas estão as letras de Ba a La, com o Bindu (ponto) sobreposto sobre cada uma delas, com a cor brilhante de um raio.
· Dentro deste lótus encontra-se a região branca, brilhante e aquosa de Varuna, na forma de um crescente; e neste lugar, sentado sobre um Makara (animal legendário que lembra um crocodilo) está o Bija Vam (ligado ao princípio da água, assim como o Bija "Lam" do Muladhara que se relaciona com o elemento terra). Ele é imaculado, branco como a lua outonal.
· Hari (Vishnu) está dentro do bindu de Vam, e na arrogância do começo da juventude, seu corpo é de um lindo azul luminoso, digno de se contemplar; vestido com trajes amarelos, possui quatro braços, e usa o Shrivasta (um afortunado caracol no peito de Vishnu) e Kaustubha (uma grande pedra preciosa) – resguardai-nos!
· É aqui que Rakini habita perpetuamente. Ela possui a cor de um lótus azul. A beleza de seu corpo é realçada por seus braços erguidos segurando diversas armas. Ela está vestida com trajes e ornamentos celestiais, e sua mente é exaltada pela absorção de ambrosia (que goteja de Sahasrara).
· Aquele que medita neste lótus imaculado, denominado Svadhishthana, torna-se imediatamente livre de todos os inimigos, tais como luxúria, a ira, a cobiça e assim por diante. Ele se torna um rei entre os yogues, e é como o sol iluminando a escuridão da ignorância. A riqueza de sus palavras flui como néctar em verso e prosa num discurso bem racional. (Versos 14 a 18)


O Chakra Manipuraka (Manipura)

· Acima de Svadhishtana, na base do umbigo existe um lótus brilhante de dez pétalas, na cor de nuvens carregadas de chuva. Dentro dele estão as letras de Da a Pha, na cor de um lótus azul, com o nada e o Bindu acima delas. Deve-se meditar aí, na região do fogo, na forma triângular e brilhante como o sol nascente. Em suas laterais existem as três marcas Svastika (uma de cada lado do triângulo) e dentro do próprio Bija de Vahni (isto é, o mantra do Fogo, "Ram ").
· Medite sobre aquele que está sentado num carneiro, com quatro braços, radiante como o sol nascente. Em seu colo, reside por toda a eternidade Rudra, de cor puramente escarlate. Ele (Rudra) é branco com as cinza que o cobrem; possui um aspecto venerável e três olhos. Suas mãos posicionam-se na atitude de conceder dádivas e de dissipar o temor. Ele é o destruidor da criação.
· Aqui habita Lakini, a benfeitora de tudo. Ela tem quatro braços, um corpo radiante, pele escura: veste trajes amarelos e está adornada com muitos ornamentos; é exaltada pelas gotas de ambrosia. Através da meditação neste lótus do umbigo, adquire-se o poder de criar e de destruir (o mundo). Vani (o Deus da palavra, que é Sarasvati) com todas as riquezas do conhecimento, habita eternamente neste lótus com seu símbolo (o do fogo, representado pelo mantra – semente "Ram"). (Versos 19 a 21)


O Chakra Anahata

· Acima do Manipura, no coração, está o encantador lótus de cor brilhante (carmesim) da flor Bandhuka, com doze letras começando com Ka, de cor vermelho escarlate. É conhecido pelo nome de Anahata, e é como a árvore celestial do desejo, que dá sempre mais do que se pede. É aqui a região do Vayu (vento), bonito e com seis cantos, da cor da fumaça.
· Medite dentro da região da Vayu no encantador e eminente Pavana Bija (o princípio do chakra Anahata, o Bija de Vayu "Yam"), cinzento como uma nuvem de fumaça, com quatro braços e sentado sobre um antílope preto. E dentro dele, medite também sobre a morada de Mercy, o senhor imaculado que brilha como o sol e cujas duas mãos fazem o gesto de quem concede dádivas e dissipa os temores dos três mundos.
· Aqui reside Kakini, de cor amarela como luz, alegre e esperançosa; ela possui três olhos e é benfeitora de tudo. Usa todos os tipos de ornamentos, e em suas quatro mãos carrega o laço e o crânio, e faz sinal da benção com gotas de néctar.
· Shakti (poder, cujo corpo delicado se parece com dez milhões de raios de luz, está no pericarpo deste lótus em forma de triângulo. Dentro do triângulo encontra-se o Shiva Linga conhecido pelo nome de Bana. Este Linga é como, ouro brilhante, e em sua cabeça existe um minúsculo orifício como o da perfuração de uma jóia. É a morada resplandecente de Lakshmi (o Devi da prosperidade)
· Aquele que medita neste lótus do coração torna-se como o senhor da palavra, e como Ishvara ele é capaz de proteger e destruir os mundos. Este lótus é como a árvore celestial do deseja, a morada e trono de Shiva. É embelezado pelo Hansa (aqui o Jivatma, a alma individual) que é constante como a chama de uma cadeia num local sem vento. Os filamentos que circundam e enfeitam seu pericarpo, iluminados pela região solar, são encantadores.
· Em primeiro lugar os yogues, ele (aquele que medita no lótus do coração) é sempre o mais querido entre os queridos das mulheres. É sábio por excelência e repleto de atos nobres. Possui perfeito controle sobre os seus sentidos. Sua mente, nesta concentração extrema, está absorta em pensamentos sobre Brahman. Suas palavras inspiradas fluem como um corrente de água pura. Ele é como o Devata que é armado por Lakshmi, sendo capaz de entrar no corpo de outra pessoa quando desejar. (Versos 22 a 27)


O Chakra Vishuddhi

· Na garganta encontra-se o lótus chamado Vishuddhi, puro e de cor roxa fosca. Todas as dezesseis sílabas brilhante sobrepostas em suas dezesseis pétalas, de cor carmesim, são nitidamente visível para aquele cuja mente estiver iluminada. No pericarpo deste lótus está a região celestial, de formato circular e branca como a neve encontra-se sentado o bija de Ambara (a região celestial; seu bija é "Ham") também de cor branca.
· Dos quatros braços de Bija, dois seguram o laço e o aguilhão, e os outros dois fazem os gestos de conceder dádivas e de dissipar o temor. Isso completa sua beleza. Em seu colo reside eternamente o grande Deva branco como a neve, com três olhos, cinco faces, dez belos braços; Bija veste uma pele de tigre. Seu corpo esta unido ao de Girija (título do Devi concebido como filha do rei da montanha), e é conhecido pelo seu nome Sada-Shiva (Sada – sempre, Shiva – beneficência).
· Mais puro do que o oceano de néctar, Shakti Sakini habita este lótus. Sua vestes são amarelas, e em sua quatro mãos de lótus ele carrega o arco, a flecha, o laço e o aguilhão. Toda a região da lua sem a marca do Hare (Hare é o termo indiano equivalente a "homem da lua ") localiza-se no pericarpo deste lótus. Essa região é o limiar da grande libertação para aquele que deseja a felicidade da Yoga e cujos sentidos forem puros e controlados.
· Aquele que alcança o completo conhecimento de Atma (Brahamn) concentrando-se constantemente neste lótus, torna-se um grande sábio eloqüente. Ele vê os três estágios e torna-se benfeitor de tudo; livre de doenças e de aflições, possui vida longa e como Hansa (aqui Antaratma, o eu verdadeiro, que habita o pericarpo do chakra Sahasrara), é o destruidor dos perigos eternos.
· Yogue, com sua mente constantemente concentrada neste lótus e com sua respiração controlado por Kumbhaka (retenção), pode mover os três mundos se ficar zangado. Nem Brahma nem Vishnu, nem Hari-Hara (a forma concebida de Vishnu e Shiva) nem Surya (o Deus do Sol) nem Ganapa (o Deus da sabedoria e protetor contra os obstáculos) é capaz de controlar esse poder. (Versos 28 a 31 – A)


O Chakra Ajna

· lótus chamado Ajna é como a lua, lindamente branco. Em sua duas pétalas estão as letra Há e Ksha, as quais também são brancas e de elevada beleza. Ele brilha com a glória de Dhyana (meditação). Dentro dele encontra-se Shakti Hakini, cujas seis faces são como muitas luas. Ela possui seis braços, num deles segura um livro (o gesto do esclarecimento); dois outros estão levantados, em gesto destinados a dissipar o temor e conceder dádivas; com os outros, ela segura um crânio, um pequeno tambor e um rosário (com qual é feita a recitação da mantra). Sua mente é pura.
· Dentro deste lótus habita a mente sutil (manas). Já é bem conhecido. Dentro do Yoni (que habitualmente significa os órgãos genitais femininos, e é simbolizado por um triângulo.), no pericarpo, encontra-se Shiva denominado Itara em sua forma fálica. Aqui ele reluz como um feixe de luz. O primeiro Bija da veda (Om), que é morada da mais sublime Shakti, e que por seu brilho torna visível o Nadi Chitrini. O sadhaka (praticante de yoga a caminho da realização) com a mente bem firme, deveria meditar sobre esses elementos, de acordo com a seqüência prescrita.
· eminente Sadhaka, cujo Atma (o ser verdadeiro) nada mais é que meditação nesse lótus, é capaz de entrar rapidamente no corpo de outra pessoa quando desejar; ele se torna o mais eminente entre os Munis (perfeitos praticantes de yoga dhyana); ele tudo sabe e tudo vê. Torna-se o benfeitor de tudo e é versado em todos os Shastras (Textos e comentários sagrados). Poderes eminentes e desconhecidos (Siddhi). Célebre e longevo, ele se torna para sempre o criador, o destruidor e preservador dos três mundos.
· Dentro do triângulo deste chakra está a combinação da letras A e U que formam, o Pranava (a sílaba sagrada Om). O atma interior é como um mente pura (Buddhi) e lembra um chama em seu esplendor. Acima dele está a lua crescente, e mais acima Ma-kara (a letra M), brilhante em sua forma de Bindu (este M, junto com A e U, forma Aum – Om, o bija mantra da chakra Ajna). Acima encontra-se Nada, cuja brancura assemelha-se á da lua, propagando seus raios.
· Quando o yogue fecha a casa que paira no ar sem apoio (isto é, rompe as conexões da mente com o mundo físico, executando o Yoni mudra, em que a boca, os ouvidos, as narinas, os olhos e os orifícios genitais e anais são complemente fechados. Através desta prática constante, torna-se dissolvido nesse local que é a morada da glória ininterrupta, então ele vê, dentro do ponto logo acima (o triângulo), faíscas de fogo brilhando de forma inconfundível.
· Ele vê também a luz na forma de um clarão flamejante. Ela brilha com o resplandecente brilho do sol das manhã, que fulgura entre o céu (Sahasrara)e a terra (Muladhara), é aqui que Shiva Parama manifesta sua plenitude de poder. Ele não conhece a decadência e testemunha tudo, e se apresenta aqui do mesmo modo como está na região do fogo, da Lua e do Sol (Sahasrara).
· Esta é a incomparável e encantadora morada de Vishnu. O yogue eminente, por ocasião de sua morte, coloca jubilosamente seu fôlego vital (Prana) neste ponto e entra (depois da morte) no supremo, eterno, primeiro Deva, o Purusha, que já existia antes dos três mundo, e que é conhecido por Vedanta.
· Quando os atos do yogue são bons em todo o sentido através do serviço dos pés de lótus do seu guru, então ele verá, acima do chakra Ajna, a forma do Mahanada (o grande Nada) e terá para sempre, no lótus de suas mãos, o siddhi da palavra. O Mahanada, local de desagregação do Vayu, compõe-se em parte por Shiva e tem o formato de um arado; é sereno, concede dádivas e dissipa o temor, e também manifesta uma inteligência pura (Buddhi). (Versos 32 a 39)


O Chakra Sahasrara

· Acima de todos esses espaços vagos passa o nadi Shankhini, e abaixo do portão de Brahman, localiza-se o lótus de mil pétalas. Este lótus, brilhante, é ainda mais branco do que a lua cheia, possui sua cabeça virada para baixo. Ele encanta as pessoas. Seus filamentos agrupado são da cor do sol nascente. Seu corpo é luminoso e possui letras a partir do A ; ele é a glória absoluta.
· Dentro do Sahasrara está a lua cheia, sem a marca do Hare, reluzindo como num céu aberto. Ele espalha seus raios abundantemente, e é úmido e frio como o néctar. Em seu interior, brilhando constantemente como luz, está o triângulo e dentro deste, também brilha o grande vazio (Bindu) que é servido secretamente por todos os devas.
· Bem escondido e atingível apenas através de muito esforço, está o delicado Bindu (a fase da lua que representa o nirvana) com Ama Kala (sua fase de gotejar néctar). Aqui encontra-se o Deva conhecido por todos como Shiva Parama. Ele é o Brahman e o Atma de todos os seres. Nele unificam-se Rasa (a experiência da glória suprema) e Virasa (a glória, fruto da união de Shiva com Shakti). Ele é o sol que destrói a escuridão da ignorância e da ilusão.
· Espalhando um constante e profuso jorro de uma essência semelhante ao néctar, o senhor instrui o Yati (auto controle) da mente pura no conhecimento pelo que realiza a integridade de Jivatma (a alma individual) e Paramatma (a alma do Universo). Assim este impregna todas as formas de glória, conhecida pelo nome de Hamsah Parama.
· Os adoradores de Shiva chamam-no de a morada de Shiva; os adoradores de Vishnu chamam-no de local de Parama Purusha; os adoradores de ambos chamam-no de lugar de Hari- Hara [ as individualidades de Hari (Vishnu) e Hara (Shiva)]. Aqueles que possuem um paixão pelo pé de lótus de Devi (Deusa Shakti) chamam-no de ótima morada de Devi; os adoradores de Hamsah Mantra [ Hamsah é a união de Purusha(o ego puro ou verdadeiro, "Ham") e Prakriti (a substancia original, "Sah")] chamam-no de lugar imaculado de Prakriti-Purusha.
· mais elevado dos homens que conseguir controlar sua mente e conhecer esse lugar, nunca mais nascerá no Wardering (este mundo cármico), pois não existe mais nada que ligue a esses três mundos. Com sua mente controlada e seu objetivo alcançado, ele possui completo poder de fazer tudo o que desejar, e de prevenir tudo que for contrário a seus desejos. Ele vai sempre na direção de Brahman (ou "ele é capaz de vagar pelos céus"). Sua fala, seja em prosa ou em verso é sempre pura e doce.
· Aqui está a eminente décima sexta Kala (fase) da lua (Ama-Kala). Ela é pura e assemelha-se em cor ao sol nascente. Ela é tão fina como a centésima parte de um fibra no pedúnculo de um lótus. É reluzente e delicada como dez milhões de faíscas do raio, e está de cabeça para baixo. Dela, cuja origem é o Brahman, flui abundantemente um interminável corrente de néctar (ou "ela é o receptáculo do fluxo do excelente néctar que parte da bem aventurada união de Shiva e Shakti").
· Dentro dela (Ama-kala) está Nirvana-Kala, mais eminente do que a eminente (Ama-Kala). Ela é tão fina como a milésima parte de um fio de cabelo, e tem o formato de uma lua crescente. Ela é a eterna Bhagavati, a Devata (divindade) que impregna todos os seres. Ela transmite o conhecimento divino e é tão reluzente como todos os sóis brilhantes de uma só vez, ao mesmo tempo.
· Dentro deste meio espaço (isto é, a metade do Nirvana-Kala) brilha a suprema ou primordial Nirvana Shakti. Ela é a mãe dos três mundos, é muito sutil, como a decima milésima parte de um fio de cabelo. Possui em seu interior, jorrando constantemente, o fluxo da satisfação; é a vida de todos os seres. Ela leva graciosamente o conhecimento da verdade para a mente dos sábios.
· No interior do Nirvana Skakti está o local denominado morada permanente da Shiva, onde não existem Käla (tempo) nem Kalä (espaço). Está livre de Maya (o mundo ilusório restrito em tempo e espaço), alcançável apenas pelo Yogues e conhecido pelo nome de Nityanada. Está repleto de muitas formas de glória e do próprio conhecimento puro. Algumas chamam de Brahman; outros de Hamsa, Sábios descrevem-no como morada de Vishnu, e os homens virtuosos se referem a ele como a um lugar indescritível do conhecimento do Atma, ou local da libertação. (Versos 40 a 49)


Conclusão

Conforme nossos estudos, pudemos verificar um intensa ligação entre os Ckakras e os nadis (canais energéticos), sendo que a possibilidade de despertar qualquer um desses centros ( Chakras ) é muito difícil, devido a má qualidade de vida física e emocional pela qual a humanidade vivência neste fim de século, mas não impossível. Contudo, através de um conceito interior, agrupado a uma infinidade de técnicas yóguicas e com uma conduta diária de harmonia e de entendimento de sua passagem pelo mundo como seres humano, há uma grande possibilidade de vivenciar o aumento de sua energia nesses vórtices e até há a possibilidade de uma iluminação em um desses centros. Portanto, devemos sempre buscar essas técnicas através do auxílio de um grande mestre ou professor ou ainda de uma escola de responsabilidade, pois para você criar um desarranjo energético nesses centros é muito simples e rápido, mas para corrigí-los novamente poderá levar décadas chegando ao ponto de criar um problema mental gravíssimo (Loucura Total) devido a falta de preparação física e psicológica de seu ser. Então concluímos que devemos caminhar passa a passo e sem pressa, iniciando através do Hatha Yoga, vivenciando seu corpo gradativamente através dos Assanas, Pranayamas e Concentração , compreendendo o sentido dos Yamas e Nyamas e só assim, após um bom tempo de prática, começar e experimentar técnicas mais profundas encontradas dentro do próprio Hatha Yoga ou de outras linhas devidamente orientadas.
Obs .: É possível o despertar do Muladhara através de um acidente (Pressão exercida no ponto entre o ânus e os genitais através de uma queda brusca), só que seus efeitos seriam um tanto arriscados, pois a sensação da morte é eminente.

Manaskriyá, a mentalização criativa
Esta é uma técnica usada para desenvolver, unificar e direcionar o potencial mental que, de modo geral, está disperso. Essa técnica nada tem a ver com auto-sugestão ou hipnose, mas consiste em concentrar a energia do pensamento de forma que seja criado no plano mental o objetivo que desejamos ver realizado em outro plano qualquer da nossa existência. Manaskriyá significa literalmente atividade mental.A atividade rotineira, dispersiva, reduz consideravelmente a capacidade de realização que possuímos. Com a mentalização unificamos essa energia psíquica que habitualmente se encontra dispersa e nos concentramos em um objeto só, de maneira que este se cristalize na realidade. Ao criar esse alvo no plano mental, estamos criando ao mesmo tempo um substratum psicológico favorável para que ele se manifeste no mundo objetivo.Visualizar é transformar idéias ou conceitos abstratos em imagens mentalmente visíveis. No Universo, todo é energia em forma de vibração. O pensamento também é uma manifestação dessa energia, que vibra em um plano mais sutil. Ao unificar os pensamentos, fazemos um processo de condensação dessa energia, concentrando e desenvolvendo o nosso potencial e precipitando, criando no plano mental o que desejamos concretizar.Isto tem diversas aplicações práticas no nosso dia a dia. Um pensamento potencializado facilita a realização de qualquer objetivo. Claro que isto não é instantâneo, nem se trata de ficar sentado fazendo pedidos. Se precisa de muita persistência para se chegar lá; a velocidade da realização de algum objetivo vai depender da quantidade de energia mental e física investida nele. Através do manaskriyá vamos direcionar os efeitos da prática de acordo com os nossos interesses. Apresentamos a seguir quatro recursos, que poderão ser utilizados durante o seu sádhana pessoal.Visualização de coresCada cor tem um efeito bem definido sobre o ser humano, nos diversos planos da existência. No sádhana, pode ser utilizada a visualização de diversas cores, conforme os objetivos do praticante. As cores escolhidas devem ser sempre claras, suaves e luminosas. Evite as escuras, carregadas, pesadas, muito quentes ou demasiado frias.O alaranjado é estimulante, vitalizante, energético e está relacionado à saúde fisiológica.O rosa vibra afetuosidade, carinho, amor, compreensão.O verde esmeralda é a cor da paz, alegre e extroversor.O azul turquesa tranqüiliza, relaxa e descansa.A cor lilás vibra proteção, meditação, subtilização kârmica.O violeta neutraliza o karma negativo e eleva a tônica vibratória.O dourado ativa o poder mental, a realização e as funções psíquicas e está ligado à vida e ao calor do sol.Faça a respiração completa. Ao inspirar, visualize a cor com a qual você irá trabalhar como se fosse uma infinita quantidade de minúsculas esferas luminosas preenchendo o ar à sua volta. Acompanhe esses pontos de luz colorida visualizando que eles penetram pelas narinas a cada inspiração, percorrendo os condutos respiratórios e chegando até os pulmões. Durante a retenção com ar visualize que os alvéolos absorvem a luz e que ela passa para o sangue, banhando o seu corpo por dentro e impregnando cada célula. Ao exalar imagine essa cor emanando pelos poros, como se fosse um vapor brilhante. Imagine o seu corpo irradiante como o sol, vibrando nessa cor. Repita o exercício diversas vezes.Uma outra forma de se fazer este exercício é direcionando a cor para algum ponto específico, uma região do organismo que você quiser beneficiar ou alguma circunstância que desejar influenciar.Mentalização direcionadaQuando quiser ver realizado um objetivo qualquer, deverá visualizá-lo diariamente. Para aumentar a força de visualização é importante que os pensamentos permaneçam estáveis, fixos nessa contemplação. Faça vários ciclos de respiração completa e ritmada, visualizando luz dourada envolvendo o seu espaço vital e imagine no interior de sua cabeça uma tela mental. Projete nela uma imagem ou uma série de imagens que representem o seu objetivo da forma mais clara possível, como se ele já estivesse acontecendo. Conclua o exercício visualizando todo o seu corpo brilhando como um sol dourado.Manaskriyá para despertar kundaliníNa posição de meditação da sua preferência, utilize a respiração completa, mantendo o ritmo quadrado e visualizando o prána entrando pelas narinas. Inspire de forma lenta, profunda e controlada, direcionando e concentrando o prána no múládhára chakra, que começa a ser ativado e adquire uma coloração de brasas incandescentes. Durante a retenção com os pulmões cheios visualize a kundaliní na forma de uma serpente ígnea, ascendendo pelo interior da sushumná nádí. Na sua ascensão, kundaliní desperta e ativa cada chakra, fazendo com que eles se desenvolvam e brilhem intensamente. Faça jihva bandha e múla bandha. Na expiração sinta a força no ájña chakra, ativando e despertando as potencialidades deste centro: mente superior, conhecimento e intuição linear. Ao reter a respiração com os pulmões vazios, mentalize que essa energia chegou no sahásrara chakra, na forma de luz dourada e começa a jorrar desde o alto da cabeça. Repita o exercício diversas vezes, mantendo sempre clara a imagem da ascensão da energia ígnea até o padma coronário.Manaskriyá para ativar os chakrasNa posição e atitude anterior, direcione o prána na inspiração para o chakra que quiser desenvolver. Visualize a bioenergia na forma de milhões de minúsculas esferas luminosas penetrando nesse centro. No tempo da retenção, kúmbhaka, imagine este chakra tornando-se intensamente luminoso, com a sua cor própria. Visualize-o pulsando, enquanto executa mentalmente o bíja mantra correspondente. Ao exalar imagine o chakra irradiando luz e energia em todas as direções. Com os pulmões vazios, permaneça em contemplação, sempre concentrado no centro de força que estiver ativando. Você poderá fazer um ciclo sobre cada centro ou vários ciclos naquele chakra específico sobre o qual estiver trabalhando.


Escrito por Eduardo Freitas.

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